Humanóides reptilianos são comuns na mitologia, no folclore, em ficção científica, na Ufologia e em teorias da conspiração contemporâneas. Dizem que são seres que evoluíram na Terra paralelamente à humanidade, ou são seres extraterrestres, ou entidades sobrenaturais, ou são remanescentes de uma civilização pré-humana. Dependendo do contexto, eles são conhecidos por muitos nomes, como homens-cobra, reptóides, dinossauróides, povos-lagarto, homens-lagarto ou Chitauri.
Na Mitologia
Humanóides reptilianos de várias descrições são comuns nos mitos e lendas de muitas culturas através da História.
Europa
Cécrope I, o mítico primeiro rei de Atenas era meio homem, meio serpente. Ele está ilustrado, por exemplo, num friso do Altar de Zeus, em Pérgamo (atual Bergama, na Turquia). Nestas imagens, algumas ilustram uma gigantomaquia, numa se vê o gigante Klyteros com serpentes enormes entre seus pés. Aquilão era o deus greco-romano do frio vento do Norte, descrito por Pausânias como um homem alado com cauda de serpente. O antigo culto grego a Glícon idolatrava um deus-serpente que possuía cabeça de homem. Índia
Nas escrituras e lendas indianas, os Naga são seres reptilianos que viviam no subterrâneo e interagiam com seres humanos na superfície. Em algumas versões, estas criaturas teriam vivido num continente no Oceano Índico que afundou sob as ondas. Textos indianos também se referem a uma raça de reptilianos chamada "Sarpa". Os Syrictæ da Índia foram uma tribo legendária de homens com narinas de serpente no lugar do nariz e pernas serpentinas arqueadas.
Ásia Oriental
Os chineses, vietnamitas, coreanos e japoneses falam durante toda a sua história de Lóng (Yong em coreano, Ryu em japonês) ou dragões, concebidos em ambas as formas física e extrafísica, mas raramente ilustrados na forma humanóide, embora possam assumir uma forma humana não-reptiliana.
Na China, Coréia e Japão, reinos subaquáticos são citados como sendo onde os reis dragões e seus descendentes viveram, assim como uma linhagem de humanos descendentes de uma raça de dragões. Esta linhagem era frequentemente reivindicada pelos imperadores asiáticos que acreditavam ser capazes de mudar da forma humana para a forma de dragão conforme desejassem.
No Japão há mitos sobre os Kappa, ou homens-lagartos que vivem próximos aos rios e atacam as pessoas.
Oriente Médio
No Oriente Médio, seres reptilianos que se transformam de gênios para dragões e homens-serpente são citados desde os tempos antigos. Num dos livros apócrifos supostamente atribuído como o livro perdido de Jasher, uma raça de serpentes é descrita.
No Livro de Gênesis, Deus pune por decretação a serpente por convencer Eva a comer do fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. " Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás tu dentre todos os animais domésticos, e dentre todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida." (Gênesis 3:14). Tradicionalmente, muitos intuíram que isto implica que a serpente (uma cobra ou um réptil) tinha pernas antes. Assim, consequentemente, ela é frequentemente retratada na arte ocidental como uma humanóide (mulher) com rabo de serpente, e ás vezes com pés de lagartixa, como num detalhe do Juízo Final de Bosch.
No Interesse Moderno
Especulação científica Numa reflexão publicada em 1982, o paleontólogo Dale Russell, curador de fósseis vertebrados do Museu Nacional do Canadá, em Ottawa, conjeturou que o meteorito Chicxlub não exterminou os dinossauros há 65 milhões de anos atrás, predadores bípedes, terópodas ("pés de besta"), que existiam àquele tempo, como o troodonte, devem ter evoluído para seres inteligentes com corpos semelhantes aos nossos. Os troodontidas tinham dedos semi-articulados, capazes de apertar e segurar objetos até um certo grau, e visão binocular. Como a maioria dos dinossauros da família troodontidae, esta criatura imaginária, que Russell chamou de "dinossauróide", devia ter olhos grandes e três dedos em cada mão, um dos quais deveria ser parcialmente oposto. Como a maioria dos répteis modernos (e pássaros), sua genitália deveria ser interna. Russell especulou que seria preciso um umbigo, como uma placenta ajuda o desenvolvimento de uma grande caixa cerebral. No entanto, não deveria possuir glândulas mamárias, e devia alimentado suas crias como fazem os pássaros, com comida regurgitada. Sua linguagem devia soar algo como o canto dos pássaros. A especulação fantástica de Russell tem sido criticada por outros paleontólogos desde 1980, muitos apontam que os dinossauróides de Russell são excessivamente antropomórficos. Gregory S. Paul (1988) e Thomas R. Holtz Jr. consideram-na "suspeitamente humana" (Paul, 1988) e argumenta que um troodontida com grande cérebro altamente inteligente reteria características corporais mais parecidas com os terópodas, com uma postura horizontal e uma longa cauda, e provavelmente manipularia objetos com o focinho e patas, como os pássaros, em vez de "mãos" parecidas com as humanas. O artista turco Nemo Ramjet usou estas novas aproximações à reflexão para reinterpretar o dinossauróide, indo longe o bastante para criar a "arte rupestre dos dinossauróides", que ilustra troodontidas sensíveis que usam ferramentas e outros dinossauros e pterossauros, pintados com o uso de varas e penas.
Criptozoologia
Relatos de um "homem lagarto" na Carolina do Sul circularam por décadas. Avistado primeiramente no Pântano Mineral de Scape em 1988, afirma-se que a criatura foi novamente vista em 2008.
OVNIs
Em tempos modernos, algumas pessoas dizem ter encontrado humanóides reptilianos. Em alguns destes casos um OVNI faz parte do contato, narrativas de abduções por alienígenas às vezes alegam contato com criaturas reptilianas.
Um dos mais antigos relatos vem do oficial de polícia Herbert Schirmer, de Ashland, Nebraska. Em 3 de dezembro de 1967, Schirmer diz ter sido levado a bordo de um OVNI que apareceu nas cercanias de Ashland, onde ele encontrou seres humanóides, de 1,38m a 1,53m de altura, que usavam uniformes apertados cinza-prateados, botas e luvas. Suas cabeças eram finas e mais compridas que uma cabeça humana. A pele do rosto era cinza-pálida, o nariz chato, a boca meramente um traço que não se movia, mesmo quando falavam. Seus olhos eram levemente inclinados. Enquanto ligeiramente reptilianos em sua aparência externa, estes seres usavam um emblema de "serpente alada" no lado esquerdo do peito. Schirmer alegou que os seres são de outra galáxia, e têm bases na Terra.
Teorias da conspiração
Há várias teorias da conspiração envolvendo humanóides reptilianos. Alguns acreditam que os chamados 'greys' são de fato reptilianos, e deveriam estar categorizados como "reptóides", outros acreditam que os reptóides são uma espécie totalmente diferentes trabalhando com ou em oposição aos greys. Alguns conspiracionistas, especialmente David Icke, alegam que eles são capazes de mudar de forma.
David Icke
De acordo com o escritor David Icke, os humanóides reptilianos são a força atrás da conspiração mundial direcionada para a manipulação e controle da humanidade. Ele afirma que a maioria dos líderes mundiais está na verdade relacionada aos reptilianos de 2,1m de altura, vampiros, do sistema estelar Alfa-Draconis, da constelação do Dragão.
Icke desenha conexões entre os alienígenas reptilianos em sua teoria e os annunaki descritos por Zecharia Sitchin em seu 12º Planeta, que aponta para outros conspiracionistas que se referem aos humanóides reptilianos como os annunaki; no entanto, Sitchin mesmo sempre descreveu seus annunaki como puros humanóides.
John Rhodes
John Rhodes foi a primeira pessoa a apresentar publicamente relatos de avistamentos e contatos com humanóides reptilianos. Ele fundou o website Reptoids.com em 1997 para coletar, revisar e apresentar os relatos das atividades reptóides. Ele também apareceu na televisão e em shows de radio dando entrevistas sobre suas crenças nos reptóides.
Rhodes afirma que a maioria dos reptilianos são descendentes dos dinossauros e são produtos biológicos da evolução da Terra. Rhodes cita a reflexão de Dale Russel dos anos 1980 como um exemplo de projeção científica que correlaciona sua teoria da "evolução reptóide". Rhodes também clama que a atenção humana tem sido intencionalmente afastada do mundo subterrâneo para o espaço sideral, portanto o fator das moradias subterrâneas dos reptóides e o das civilizações perdidas podem permanecer ocultos.
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